RECESSO

O BLOG ENCONTRA-SE ABERTO AOS LAPSOS DE SAUDADES DE SEUS ANTIGOS MEMBROS-AMIGOS FORAGIDOS, AMADOS E MUNDIVAGANTES, OS QUAIS NÃO TEM CAPACIDADES CARDÍACAS DE ESQUECIMENTO.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

E depois as Olimpiadas...

Depois de algum tempo com uma baixa freqüência de postagens, cá estou eu renovando um pouco meu espaço, só pra não perder o costume*, tentando postar algo arrebatador (ou não também);

E nada mais arrebator do que a Copa, não é? De quatro em quatro anos, só se sabe falar disso. Todas as notícias são voltadas para goleiros melhores do mundo, para erros de artilheiros, e árbritos que precisam de ajuda tecnológica. Todo mundo coloca aquelas bandeiras no carro, no capô, na janela, no banc
o, no vidro, no pneu. O povo inteiro vira verde e amarelo, e alguns se salvam no azul.
Todo mundo pula junto, dança junto, torce junto, chora junto. Dá pra ver aquela fileira de Vuvuzelas amaldiçoadas levantadas pra cima ensurdecendo, tomara Deus, seus tocadores.


E de repente, não mais que de repente, todo mundo vira patriota. São bandeiras em todos os lugares, gente gritando "Brasil" com toda a força do peito, comunidades que abrem, passeatas em nome do país, e aquele orgulho que parece surgir em quase todo brasileiro por causa do Brasil. Mas é claro, acabou a copa, acabou tudo.


O Ano 2010 não foi só o ano da Copa, mas também o ano da Biodiversidade e das eleições para a Presidência. Ninguém vira verde e azul pela biodiversidade, ou levanta vuvuzelas pelas eleições, não levanta nada na verdade, nem a voz.





- Então, pense bem caro amigo brasileiro, do que será nossa tão esperada Copa de 2014 sem um bom governo para sustentá-la ou, quem sabe, um planeta?

Ravena


ps.: Post incompleto (ou não, vai depender do meu humor)
*costume de sonhar. (:
ps².: Ah, por um copa sem vuvuzelas ô/

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sobre Carrosséis, códigos e gregos

Carrossel. Este era o apelido da seleção holandesa em 1974. Carrossel porque os jogadores pareciam rodar em campo como peças de um brinquedo. Apesar de não conseguir o título de campeã mundial naquele ano, essa seleção comandada por um inspirado Johann Cruyff mudou muita coisa no futebol. Os velhos esquemas de jogo sem mobilidade parecia sucumbir diante dos novos. Assim como o futebol, nossa vida é cheia de mudanças, mudanças morais, sócio-econômicas, ou simplesmente físicas.
As mudanças morais talvez sejam as mais complexas e demoradas. É como se cada um de nós já tivesse enraizado um código moral, que guia nossas ações, a isso dá-se o nome de caráter. A ética é uma forma de estudar a moral e começou a ser discutida em Atenas, em noites quentes e estreladas, pelos filósofos. O conjunto de leis de um país também é baseado no conceito de moral, sendo que o primeiro destes conjuntos foi o Código de Hamurábi, a famosa lei de Talião.
Mudanças sócio-econômicas também dão margem a discussões mais profundas. Um bom exemplo deste tipo de mudança é a que ocorreu no fim da Idade Média, passando-se da economia de subsitência para o capitalismo mercantil. Algumas dessas mudanças não surtiram efeito como a tentativa de implantação do socialismo ao redor do Mundo.
Mudanças físicas são mais efêmeras, tendendo a um ciclo. Têm na tecnologia uma forte aliada. Sempre há algo novo na aparência das coisas.
Muda, portanto, é inevitável e típico do homem, agora hipermoderno, que anseia por melhorias e desejos satisfeitos. Mudar pode ser bom ou ruim, mas interessante é isso nunca muda.


By Paul Karyia




P.S. Post dedicado a Adnei, que há muito não vejo e à Ravena, aquelas que idealizaram o blog e continuam a postar com um pouco mais de frequência do que eu. E o sonho continua. E sonhos são bons.

domingo, 1 de agosto de 2010

Divagando pelo inexistente

Eu estava pensando na quantidade de amigos que somos capazes de fazer ao longo da nossa vida. Sim, muitos, mas administrar tal quantidade seria impossível. Não seria possível para a memória guardar tantos nomes e seus respectivos rostos, como também para o coração que talvez não seja capaz de amar infinitamente infinitas pessoas.
Pensei também que não podemos ter todos como amigos. Com toda essa maluquisse de diferenças e diferenças, não nos sobra tempo para sermos iguais! A diferença está também nos gostos e na capacidade de se apaixonar por determinadas diferenças e ser indiferentes com as demais.
Pensei em como as manhãs crescem, como as árvores crescem, como os bichos cresce, como nós deveríamos crescer.
Pensei também na quantidade de dias que vivemos e em como cada um deles, na verdade é apenas um. Este se chama vida. Dominga e única.
Pensei em como temos medo de nós mesmos e descontamos no mundo, fugindo dele e tomando o veneno contido em nossa saliva aos poucos.
Pensei no tanto de gente que está chorando nesse momento agora da mais verdadeira saudade, Pensei em como dói o coração de cada uma e em como elas imaginam, no meio de água, sal e nostalgia, um passado no mínimo gratificante.
Pensei no tempo. Ele que é a causa de tudo isso. Ele que manda e desmanda, que nos guia por caminhos estranhos que por vezes não queremos seguir. Ele nos dá medo; Nos faz correr por sobre uma esteira de sentido contrario ao que tentamos percorrer. Ele nos deixa mudado e muda conosco. Mas alguns não vêem que tudo ainda é tempo e nós. Ele pode mandar, mas ele acaba. Acaba junto e pra sempre na nossa eternidade furada.

Pensei na possibilidade do infinito e com isso desconsiderei qualquer outro pensamento. Tudo é tão fugaz para ser imortal. Talvez a compreensão do infinito seja algo além da nossa compreensão passageira de vida. Talvez o infinito não deva ser pensado. Deva ser esperado. Talvez ele seja um capitulo a parte de todo esse pensamento vago. É. Pode ser.



-Adnei

PS: Extraído do blog pessoal.
PS²: Ainda não alcancei a Ravena e o Paul no número de posts -.-