Um dos motivos que me vem agora é a subjetividade do Futebol, isto é, o futebol não é matemática, não é uma coisa previsível, como na frase do título, um provérbio, o mais forte nem sempre vence e isso é o que faz o torcedor passar horas pensando sobre o resultado do jogo de seu time contra o lanterna do campeonato, ou contra um time bem mais fraco. Essa imprevisibilidade tembém rende horas de programas de TV com "especialistas" tentando através de análise fria apontar favoritos ou as melhores estratégias para se vencer o jogo. Mas se o melhor sempre ganhasse, o futebol perderia toda a graça. Para ilustrar, trÊs exemplos em três diferentes copas do mundo. Três timaços que, favoritos, caíram ante superação, ou partida pouco inspirada de seus jogadores.
Berna, Suíça, 1954. Hungria e Alemanha faziam a final da Copa do Mundo. Um mês antes da copa a pergunta era quem seria o vice-campeão daquela copa já que a Hungria era dada como a campeã certa. As expectativas iam se confirmando. Uma goleada atrás da outra e o imbatível time da Hungria ao passar pelo Brasil estava na final contra a Alemanha, sem muita expressão no cenário mundial. A Hungria tinha um tal de Puskas no time, estava invicta a 27 partidas, não tinha como acreditar, o mais otimista entre os alemães já comemorava o vice campeonato. A partida começa, 1x0 Hungria, até que então o improvável ocorre, a virada da Alemanha. Esse dia ficou conhecido como o "Milagre de Berna". Alemanha 2x1.
Agora da Suíça, direto pra Alemanha, 1974. A seleção da Holanda, com um novo estilo de jogar em que todos jogavam em todas as posições (mais ou menos isso), apelidada de carrossel holandês, encantou o mundo. Chegou à final contra os donos da casa. Alemanha. De novo ela. com o apoio da torcida e uma superação fora do comum (Beckenbauer, principal jogador do time jogou com a clavícula quebrada) bateu o carrossel e se sagrou campeã do Mundo de novo.
O último exemplo vem da Espanha. Quartas-de-final. Brasil x Itália. O Brasil de Falcão, Sócrates, Zico, Rivelino, Leão, etc., também encantava o mundo, com o estilo de jogo sempre atacando e com o chamado "futebol arte". Resumindo, Itália 3x2. 3 gols de um tal de Paolo Rossi. Destaque individual. E assim caiu, aquela que para muitos foi a maior seleçãode todos os tempos.
Poderia citar muitos outros exemplos menores, como os que ocorrem quase toda semana nas surpresas do futebol. Surpresas, que tornaram o esporte bretão o mais popular do mundo, o mais apaixonante, o maior sonho dos jovens, entretenimento na Europa, analgésico no Brasil entre outras. Esses pequenos detalhes detrminantes de resultados totalmente inesperados como a superação, apoio de torcida, inspiração ou a falta dela, tudo isso forma essa sinfonia às vezes desarmoniosa e descompassada mas que mesmo assim arrebata corações de homens e mulheres em todo o mundo.
By Paul Karyia
Paul, como colega, devo dizer que não esperava um texto tão envolvente como esse de você. Acho não, tenho certeza de que não haveria texto melhor para descrever a paixão que todo bom brasileiro tem pelo futebol. Até mesmo aquele que nunca se viu jogando, ou aquele que sabe que futebol não é a dele, sempre sente quando o Brasil inteiro canta vitória, ou como você mesmo diz, derrota. Futebol não se trata "necessariamente" do vencer ou do perder, mas o que foi feito até chegar lá.
ResponderExcluirBy Ravena :)
Amigo,vc deveria ter pesquisado melhor, antes de escrever este texto,vc cometeu dois erros graves,a final entre Hungria x Alemanha em 1954,o placar final foi 3 x 2 para os alemães e não 2 x 1 como vc afirma,em 1974 Beckenbauer não jogou a final com a clavicula quebrada,tal fato ocorreu na copa de 1970,na semifinal contra a Itália,espero ter ajudado.
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